A VIAGEM

    Este final de semana fui passear com meu Moto Clube.

    Nosso destino era uma cidade já conhecida, distante 250 km, onde iríamos pernoitar e voltar no dia seguinte.

    Fui dormir mais cedo do que o normal, pensando em acordar cedo, que nunca foi meu forte.

    Não precisei de muito esforço para levantar, a adrenalina já estava percorrendo o meu corpo as 7 horas da manhã.

    O ponto de encontro, alguma fotos, sorrisos e partimos.

    O frio que estava previsto foi amenizado pelo céu de um azul inigualável e o sol com todo o seu esplendor.

    Partimos por uma estrada muito conhecida mas, sabe, me pareceu nunca ter passado por ali.

    Vi e senti o cheiro de flores à beira do caminho onde antes só havia mato.

    As curvas que sempre foram propaladas como muito perigosas pareciam suaves inclinações.

    Aquele viaduto parecia unir um mundo à outro ainda mais feliz.

    Aquela montanha que antes assustava agora pareceu estar dando as boas vindas aqueles aventureiros livres.

    Vi as águas cristalinas de um riacho ao pé da montanha, por onde passei inúmeras vezes e não percebia a beleza de toda essa natureza.

    Mil pensamentos e imagens passam pela minha memória. Lembro de minha infância, quando ganhei minha primeira bicicleta. Como foi divertido, como foi difícil aprender a se equilibrar. Como foram grandes desafios as primeiras pedaladas

    Graças àquelas pedaladas, àquele equilíbrio é que estou vivendo este momento lindo, mágico, eterno.

    Meus companheiros estão à frente. Posso vê-los fazendo as curvas da estrada suavemente. Uns para a direita, outros já mais à frente, virando à esquerda.

    Como é belo e suave esse balé.

    Só escuto o ronco suave e melodioso do escapamento de minha moto.

    Que paz.

    Que alegria.

    Que felicidade.

    Que viagem . . .

                                                                                                                                                Maçaneiro